Quem sou eu

Minha foto
Parnaíba, São Paulo, Brazil
Criei um espaço para brincar com o Cordel e a familia.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

LUCCA baiano e vegano

Menino Baiano Que é Vegetariano

Os tempos estão mudados

O mundo tá diferente

Criança nasce sabendo

Precisa pouco da gente

Assim que deixa as fraldas

Quer agir independente.


Numa viagem de férias

À capital da Bahia

Vislumbrei um episódio

Que prova minha teoria

Conheci um baianinho

Pleno de sabedoria.


No auge dos seus dez anos

É pura inquietação

Politicamente certo

Procura explicação

Para todas suas dúvidas

Sempre com indagação.


O guri de Salvador

Se diz vegetariano

Não come carne nem peixe

Parece ser d'outro plano

Leite não quer tomar

Será que é marciano?


A família admirada

Não sabe o que fazer

Quando vão ao MC Donald

O gajo não quer comer

Se tem um aniversário

O cardápio quer saber.


Na terra do acarajé,

Vatapá e camarão

A proteína de soja

É a sua predileção

Não come nem por decreto

O animal seu irmão.


O peixe tem sentimento

A galinha tem amor

O sapo é seu irmão

A vaquinha sente dor

Argumento muito forte

Tem o pequeno senhor


Construiu até um blog

Para animais defender

O porco, vaca e sapo

Atenção vão merecer.

Que Deus fez todos iguais

O homem vai entender!


Rúbia do Espirito Santo

Novembro 2010

Inspirado em Lucca Carneiro

Seu blog é http://www-mundovegano.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FLUMINENSE








PÓ DE ARROZ (Que presente de 80 anos)

O tricolor das laranjeiras

Tem torcedor de raça

Seu Carlos Antônio do banco

Do Brasil e da praça.

Verde, grená e branco.

Seu escudo, uma graça.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Parabéns FILHOTA!!!

PRINCESA
(Ludov)

Sei que há contas a pagar
E há razões pra terminar
A semana toda ficou para trás
Ela tem trabalhado demais

Como seria melhor
Se não houvesse refrão nenhum
Mas há...

E no seu apartamento
Ela se esquecia de tudo
Parecia uma princesa
Não se importava com o resto do mundo
E largava os pés em cima da mesa

Como seria melhor
Se não houvesse refrão nenhum
Mas há...

E no seu apartamento
Ela se esquecia de tudo
Não havia contratempo
Ela segurava o seu coração
E largava as roupas pelo chão..

Beijos da Mãe
2 de dezembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Há muito tempo atrás....

Lembrei de uma história
Que minha sogra contava
Do seu tempo de criança
Quando no sítio morava
E então fiz um cordel
Da parte que ela falava.

Óleo de Rícino


Eu e meus nove irmãos

Éramos crianças normais

Morávamos em uma chácara

Com árvores colossais

Cheias de doces frutas

Plantadas por nossos pais.


Mas existia uma hora

Que eu queria esquecer

Não lembrar o ritual

O cheiro e o proceder

Dia de tomar purgante

Para a lombriga morrer.


Cinco horas da manhã

O sol nascia lá fora

Eu sei sonhava gostoso

Nada importava agora

De repente aquela voz

Crianças! Está na hora!


Meus pais entravam dizendo

Hora da pílula tomar

Para crescer, ficar forte

E os vermes espantar

É para tomar em jejum

E todas as bichas matar.


Cristão que ali estivesse

Procurava logo correr

Tomar aquele remédio

Era pior que morrer

Meu irmão mais velho

Ia pro mato se esconder.


Temido óleo de rícino

Panvermina pegajosa

Um enorme comprimido

Cápsula nada cheirosa

O enjôo vinha logo

Eu chorava nervosa.


A minha irmã caçula

Dava a maior canseira

Bebia três copos d’água

Para engolir a baboseira

Tinha muita pena dela

Pois não era brincadeira.


Farmacêutico que inventou

Esse troço deprimente

Porque não deu pra mãe dele

Antes de vender pra gente?

Queria ver a cara dela

Com certeza descontente.


Depois que todos tomavam

O remédio repugnante

Tínhamos que esperar

O efeito do purgante

Uma bela diarréia

O diabo era laxante.


Todo mundo com fome

As barrigas só roncavam

O martírio era grande

Porque as tripas dobravam

Parecia que as bichinhas

Uma saída procuravam.


Não tinha banheiro suficiente

Na hora do efeito esperado

Todos corriam pro mato

E atrás da planta acocorado

Faziam a necessidade

Tendo o bucho aliviado.


Mas era apenas um dia

No nosso alegre viver

Prefiro lembrar os doces

Que comíamos com prazer

De caju, leite e goiaba

Que mamãe sabia fazer.


Rúbia do Espírito Santo

Setembro de 2010.

terça-feira, 27 de julho de 2010

PRAÇA ROCILDA BASTO e rua PAULINO F. A. BASTO





Na manhã do último sábado (24) o Prefeito de Parnaíba, José Hamilton Castelo Branco, acompanhado pelo Presidente da Câmara de Vereadores, João Câncio Neto, dos ex-secretários municipais de Agricultura, Carlos Henrique, e de Infraestrutura, Régis Couto.
Além de familiares dos homenageados prestigiaram a solenidade que efetivou os Projetos de Lei aprovados na Câmara de Parnaíba de autoria do vereador Neto, denominado a Rua Paulino Fernandes Alves Basto e a Praça Rocilda Basto ambos localizados no loteamento Jardim dos Cajueiros no bairro Nossa Senhora de Fátima em Parnaíba e sancionados pelo Poder Executivo.
O local foi durante muitas décadas moradia dos homenageados onde anteriormente, quando existia um sítio, o casal criou filhos, netos e afins. Paulino Basto, esposo de Rocilda, trabalhou inicialmente no Moraes S/A onde chegou ao cargo de diretor, em seguida credenciou-se como administrador e se tornou Presidente da Federação das Indústrias do Piauí, onde efetivou Parnaíba como a grande representatividade do setor no estado.

terça-feira, 13 de julho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

INVENCIONICES... môôôôôôça! ÓÓÓÓÓÓLHA...! Ô conversa!... ETERNA MENINA... CORAÇÃO MENINO...




VOU FALAR DE UMA MOÇA...

SABE AQUELA MOSCA?
AQUELA LÁ! A TZÉ-TZÉ!
SIM! PICOU A MINHA TIA
A QUE SE CHAMA ZEZÉ

AGORA? A TIA DORME; PRA NÓIS, ELA DESCANSA
FOI PARA OUTRO REINO; PASSOU PELA BALANÇA
TÁ NOUTRA DIMENSÃO; É! LÁ? COME-SE D'OUTRO PÃO
E NESSA IMENSIDÃO, O SINO BATE FORTE: DÃO! DÃO!
FESTIVA...! TÁ NESSA COPA; TÃO PERTO A SÃO JOÃO

COM O CHICO FOI BEM ASSIM
PARTINDO NUM CLIMA CLEAN

TÁ COMO ENCATADA
É ELA; É UMA FADA!

ACEITEM TODOS O NOSSO ABRAÇO
TRISTEZA E ALEGRIA UM TODO SÓ!
O MARIDO-REI, PLEASE, É O MOMÓ
SEUPARTNER(KISS)ESTRELAMAIOR
DÓÓ! DÓÓ! CURA MEU BEM MAYOR

POR DEUS(A)! TÁ REPLANTADA!
MESMO ENCANTADA NESSE UNIVERSO
NÓIS QUE FICAMOS, UM TANTO TONTOS, A FAZER VERSO
COM O OURO PURO DO TEU FEITO O SEU EFEITO É TÃO DIVERSO
NÃO SOU PERFEITO E NEM PREFEITO;É DO TEU SANGUE, EU SOU O NELSO(N)
LULU TAMBÉM; FOI EM BELÉM, MAIS OUTRA MÃE, DIZENDO AMÉM! AMEM. AMEM. AMÉM!

CONTINUAREI A PROCURAR EM TODAS AS PÁSCOAS O RENOVAR
OVOS COELHOS TRILHAS CAMINHOS O CHOCOLATE DESENCANTAR
OH! TIA VEM, AGORA MANSINHO ESSE PRESENTE ME ENTREGAR
(EN) XUGAR MEU PRANTO, TODAS AS LÁGRIMAS DEIXAR ROLAR
O MEU ANEL, COM TUA ARTE ESSE DUARTE TU AJUDASTES FOI A FORMAR
OLHA, EU TE PRANTEIO, SE É POSSIVEL, TE PRESENTEIO COM O QUE ME VEIO

E DESSE JEITO, A ESSA MARIA, DE SÃO JOSÉ
CARVALHO PARRY
ÁRRE!
TAMBÉM MAZÉÉÉ...
MAIS QUE DINHEIRO
ESSE PINHEIRO
É UM LUZEIRO
COMO O CRUZEIRO
NA TERRA SANTA
QUERO LOUVAR
QUERO CANTAR
COMO NA KOMBI
BEL(OS) PASSEIO(S)

...FELICIDADE
...FOI-SE'MBORA
...E A SAUDADE NO MEU PEITO
...AINDA MORA
...E É POR ISSO QUE EU GOSTO
...LÁ DE FORA
...POR QUE'U SEI
...QUE A FALSIDADE
...NÃO VIGORA

...A MINHA CASA
...FICA LÁ
...DETRAZ DO MUNDO
...ONDE EU VOU
...EM UM SEGUNDO
...QUANDO EU COMEÇO A....

TÉ LOGO MAIS, TIA
NÃO FOI DE TODO
ESTÁS CONOSCO
TEU CORAÇÃO
BAMBALALÃO!!!
ÉS UM COLOSSO

LNCTD
OBS: Poema cedido pelo Luiz em homenagem a tia Zezé.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Gólgota



Gólgota

Foi num final de tarde
Que comecei perceber
Estava aos pés da cruz
Sem conseguir me mover
Com o coração abalado
Pois eu era um soldado
Vendo Jesus morrer.

Ao lado estava Maria
Com um semblante de dor
Eu passivo continuei
Junto da cena de horror
Na cruz pregado sofrendo
Jesus olhava sereno
Dando exemplo de amor.

Não sei se vivi ou sonhei
A grandeza do momento
Sei que o mundo mudou
Depois do acontecimento
Agora estou do seu lado
E se ainda sou um soldado
Ser cristão é meu regimento.

Rúbia do Espírito Santo
Abril de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

NÓS SOMOS ETERNOS

NÓS SOMOS ETERNOS
(Rúbia do Espírito Santo)

É assim que começa
Lá pras bandas do Oriente
Há dois mil anos atrás
Essa história comovente.
Num lindo dia de sol
Minha mãe com um lençol
Vai procurar água quente

Está grávida de mim
Disso não pode fugir
As dores iniciaram
Portanto tem que agir
As amigas vêm ajudar
O marido foi viajar
Portanto não vai assistir.

Hoje vou ter que nascer!
Disse meu anjo protetor
- Agora chegou sua vez
Vá nascendo faz favor!
Eu queria ali ficar
Com minha mãe respirar
Naquele ninho de amor!

Mas não teve jeito não
Fui empurrado pra fora
Nasci logo pro mundo
Serei bem forte agora
Vou ser alguém na vida
Ter uma missão definida
Na vida dessa senhora!

Vou fazer minha mãe
Conhecer o Nazareno
Irá procurar por ele
Pois eu ainda pequeno
Não levantei nenhum dia
Sou uma criança sadia
Mas não posso sair correndo.

Por força do destino
Eu nasci aleijado
As minhas pernas são fracas
Tenho que viver sentado
Mesmo assim tenho alegria
Família e companhia
Nunca fui abandonado.

Com o tempo aprendi
A me arrastar pelo chão
Circular por todo lado
Com rapidez e precisão
De casa pouco saía
Raro ao portão eu ia
Ver passar a multidão.

Mas eu tinha um alento
Uma irmã muito querida
Pouco mais velha que eu
Uma luz na minha vida
Que sempre me ajudava
Com ela eu ria e brincava
Na infância tão sofrida.

Quando fiz doze anos
Quis ter uma profissão
Imitando o meu pai
No ofício de tecelão
Com muita dificuldade
Apesar da pouca idade
Aprendi sua função.

Minha mãe tinha um sonho
Que era meu sonho também
Fortalecer minhas pernas
Para andar como ninguém.
Se um milagre acontecesse
E eu me fortalecesse
Aos céus eu diria amém!

Foi quando chegou à cidade
O homem muito famoso
Pelas curas e milagres
Um profeta amoroso.
Todo mundo ficou sabendo
Minha mãe saiu correndo
Atrás do Jesus milagroso.

Era sabido de todos
Que sua luz era tanta
Uma mulher se curou
Ao tocar a sua manta
Um cego voltou enxergar
Paralítico a caminhar
Aos pés da figura santa.

Durante todo o dia
Ela seguiu a multidão
Queria obter a cura
Para seu filho aleijão
E foi assim de repente
Jesus falou à sua frente
- Volta pro teu filho são!

Minha mãe chegou em casa
E me encontrou saltitante
Jesus operou o milagre
Curou-me naquele instante
Eu agora era capaz
De andar como um rapaz
Bem bonito e elegante.

Vivi mais muitos anos
Casei e filhos eu tive
Mas durante toda a vida
Na velhice inclusive,
Eu segui seu evangelho
Pois mesmo estando velho
Seu amor em mim vive

Nós somos eternos!
Mas aquela vida findou.
Morri sereno e em paz
Do jeito que Deus programou.
Vou nascer e crescer novamente
Voltar à Terra, ser gente
Ser cordelista, EU VOU!

FIM


Oficina de Cordel
Maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

E EU....


Gostava tanto de Você
(Tim Maia)

Nem sei por que você se foi

Quantas saudades eu senti

E de tristeza vou viver

E aquele adeus não pude dar

Você marcou em minha vida

Viveu, morreu na minha história

Chego a ter medo do futuro

E da solidão que em minha porta bate

E eu

Gostava tanto de você

Gostava tanto de você

Eu corro, fujo dessa sombra

Em sonho vejo este passado

E na parede do meu quarto

Ainda está o seu retrato

Não quero ver pra não lembrar

Pensei até em me mudar

Lugar qualquer que não exista

O pensamento em você...

domingo, 25 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pedaços de Poesia

não sei
o que é feito
do que sinto
na ausência dela. Fernando Pessoa
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Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

...Vai ser difícil sem você
...
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem... Renato Russo (Vento no Litoral)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

BLUE EYES


CANTEIROS
de Fagner inspirados em Cecília Meireles

Quando penso em você,
fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa,
menos a felicidade.

Correm os meus dedos longos,
em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
já me traz contentamento.

..................................
Foi o que me veio na mente
com a proximidade do mes de Maio.
...............................................................

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CORDERELA - oficina de cordel


Imagem gentilmente cedida por
Renan T. Duarte
Corderela
(Cordel da Cinderela)

Num país muito distante
Num lugar interessante
Ocorreu algo brilhante
A história da Cinderela
Que vivia com a parentela.
Maltratada e oprimida
Pela madrasta bandida
E as duas filhas dela.

Os bichinhos da redondeza
Seus amigos com certeza
Admiravam sua beleza.
Eles sorriam animados
Com os convites espalhados
“Baile no Palácio Real!”
O príncipe noiva afinal!
Todos foram convidados.

Correria naquela mansão
Casar era a solução
Com o príncipe bonitão!
Chegou a hora da festa
Chorar é o que lhe resta
Pois não teria a chance
De viver algum romance
Não com uma roupa desta.

Atendendo o seu pedido
A fada tinha aparecido
Que deslumbrante vestido!
Com os bichos feito gente
A magia era envolvente
Uma carruagem fenomenal
O sapatinho de cristal
Numa imagem comovente!

Cinderela estava feliz.
Foi tudo que sempre quis
Mas a madrinha lhe diz
À meia noite se romperá
O encanto acabará
Venha para casa correndo
Mesmo que esteja chovendo
A realidade voltará.

O baile foi maravilhoso
Ela e o príncipe famoso
Juntos dançaram gostoso.
Ao soar as doze badaladas
Cinderela desceu as escadas
Mas deixou pelo caminho
O pé do sapatinho
Dificultando suas passadas.

E sumiu na escuridão
Para sua triste solidão
De um quarto do porão
Os bichinhos impotentes
Agora não mais sorridentes
Defendiam-na da tirana
Atitude quase humana
Eram mesmo resistentes.

Sem do rosto se lembrar
Querendo com ela casar
O príncipe foi procurar
A dona daquele objeto
E fez o que achou correto
Casou com a borralheira
Fez dela companheira
A dona do seu afeto! Fim.

Rúbia do Espírito Santo
São Paulo, Março de 2010
Inspirado na história da
Cinderela.



ESPELHO, ESPELHO MEU - oficina de cordel






Espelho, Espelho Meu

Todo dia a ladainha
Espelho, espelho meu
Existe alguém na terra
Mais bela do que eu?
A madrasta perguntava
O espelho confirmava
-És a mais bela respondeu.

Todo dia a ladainha
O espelho era taxativo
Não há ninguém mais bela
Dizia como incentivo.
E o tempo foi passando
Branca de Neve se transformando
No mais belo ser vivo!

Todo dia a ladainha
O espelho enfim confessou
Branca de Neve emergiu
Sua beleza aflorou
Ela é uma formosura
Jovem cheia de candura
Da rainha ela ganhou.

Parou com a ladainha
E foi logo arquitetar
Um plano maquiavélico
Para o caçador executar
Arrancar o coração
Da princesa sem ação
E sem pena lhe matar.

Sem coragem o caçador
Não matou a donzela
Deixou-a lá na floresta
Entregue à sorte dela.
Conheceu os sete anões
Cativou seus corações
Adoraram viver com ela.

Quando voltou a ladainha
O espelho admitiu
Branca de Neve sobreviveu
Sua beleza ressurgiu
Está mais linda agora
Do que sempre foi outrora
A madrasta quase caiu.

O ódio tomou conta
Da rainha feiticeira
Preparou uma maçã
Com veneno de primeira
Vestiu-se de velhinha
Enganando a princesinha
Que caiu lá na soleira.

Mestre, Dunga e Zangado
Encontraram a princesa
Atchim, Dengoso e Soneca
A colocaram na mesa
O Feliz estava triste
Por ver que a morte existe
De verdade, com certeza.

Mas é um conto de fadas
E o príncipe é encantado
Aparece assim de repente
Vindo não sei de que lado
Beija a moça com amor
Que desperta do seu torpor
E sorri pro seu amado! Fim

Rúbia do Espírito Santo
São Paulo, Março de 2010
Inspirado na história da
Branca de Neve.

O PÉ DE FEIJÃO DO JOÃO - Oficina de Cordel




O Pé de Feijão do João

Vou contar como o João
Foi aprontar lá no céu
Desobedeceu à sua mãe
Num verdadeiro escarcéu
De suas loucas aventuras
Ainda ganhou um troféu.

Tudo começou no dia
Que foi na feira vender
A vaquinha da família.
Não tinham o que comer
Trocou-a por cinco feijões
Que mágicos diziam ser.

Triste a pobre viúva
Jogou os grãos pela janela
E foi dormir com fome
Nem assistiu à novela
O filho também adormeceu
Depois daquela esparrela.

De noite os grãos germinaram
Nasceu um pé de feijão
Enorme lá no quintal
Surpreso ficou João
E foi logo escalando
Com muita determinação.

Subiu no alto das nuvens
E avistou um castelo
Lá morava um gigante e
A dama de jeito singelo
Mas assava uma criança
Como se fosse um vitelo.

A senhora escondeu João
Atrás dum sofá de couro
Ele reparou na galinha
Pondo os ovos de ouro
Quando o grandão dormiu
Roubou o seu tesouro.

Mas achou pouco o ouro
E foi pegar a galinha
Avistou também a harpa
Harmoniosa e douradinha
Quando dormiu o titã
Arrebatou a gracinha.

Como ela era encantada
Começou logo a gritar
- Estão me levando embora!
-Meu patrão vem me salvar!
João mais que depressa
Fugiu daquele lugar.

Desceu pelo pé de feijão
O gigante desceu também
O garoto foi mais rápido
Não seria mais refém
Cortou o pé na raiz
Mandou o titã pro além.

Com a mãe ao seu lado
Sem nenhuma cicatriz
João de tesouro roubado
Ele agora era feliz.
Diz o conto que o ouro
Era do pai do petiz.

Se for verdade melhor
O conto termina zem.
Não tem graça nenhuma
Ser feliz furtando alguém
Tirando a vida alheia
E depois se dando bem. Fim

Rúbia do Espírito Santo
21 de Março de 2010
(João e o Pé de Feijão).








sexta-feira, 19 de março de 2010

O CISNE ESTRANGEIRO - Oficina de Cordel sobre histórias Infantis.





O Cisne Estrangeiro

Se um dia você mirar
Cisne branco lá no lago
Reparar na sua beleza
Veja a história q´eu trago
No começo não foi assim
Quando nasceu no jardim
Ninguém lhe fez um afago.

Chocado por uma pata
Junto com quatro patinhos
Ele branco quase cinza
Os outros amarelinhos!
Nasceu no lugar errado
Estava mas que provado
Comparando os filhotinhos

Que dureza dessa vida
Seu quá quá era anormal
Fazia um esforço danado
Não saía natural
Se sentiu um estrangeiro
Pois mesmo no galinheiro
Não encontrou bicho igual

Dona pata com vergonha
Do filho tão diferente
Nem de perto parecia
Com os outros na sua frente
Botou ele pra nadar
Comprovando o DNA
Nadou tão garbosamente!

A primavera chegou
O pato feio cresceu
Bateu asas e voou
Novo lugar conheceu
Deparou com outro bando
Igual a ele voando
Bando que o acolheu.

No espelho d´água viu
Era um cisne gracioso
Fazia parte do grupo
Tão gentil e amoroso
Encontra a felicidade
Da família de verdade
Num lugar harmonioso.

 Rúbia do Espirito Santo
Inspirado no Patinho Feio
São Paulo, 15/03/2010.