Quem sou eu

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Parnaíba, São Paulo, Brazil
Criei um espaço para brincar com o Cordel e a familia.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O sorvete mais gostoso que já tomei!

Fernando Ferraz e Regina

 O sorvete mais gostoso que já tomei, foi feito pelo seu Juarez!       

De Parnaíba para Fortaleza, uma beleza!


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CORAÇÃO CARINHO

Coração Carinho

Se eu tivesse um coração
Que parasse de bater
Certamente eu saberia
Me encantar e renascer.

Se eu tivesse um coração
Que parasse de bater
Certamente eu poderia
Pensar menos em você.


 Se eu tivesse um coração
Que parasse de bater
Talvez eu me acostumasse
Me achar sem me perder.
  
Refrão:  Coração, carinho meu
   Coração, carinho seu.
       Coração carinho meu.
          Carinho seu,  seu e meu.

Mas eu tenho um coração
Que não para de bater
Ele bate me lembrando
Que não posso lhe esquecer.

Bate um coração no peito
Já saindo pela boca
Sinto uma falta de ar
Quase me deixando louca.

Refrão:        Coração, carinho meu
                      Coração, carinho seu.
                        Coração carinho meu.
                          Carinho seu,  seu e meu.
                 Rúbia do Espírito Santo / Setembro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Com essa professora faço homenagem a todas as outras.

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."Cora Coralina
"Feliz aquele que teve uma professora como a minha"Dona Miriam essa homenagem é sua. Rúbia 15/10/2010

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mensagem da Criança ao Homem


12 de OUTUBRO - Dia da Criança. Antes de comprar o presente
do seu filho, neto ou sobrinho
 reflita com MEIMEI.

Olhando as crianças maltrapilhas que perambulam sem rumo, 
pelas ruas das grandes cidades, ficamos a imaginar qual será a mensagem
 que seus olhos tristes e melancólicos trazem aos homens.
Se pudéssemos registrar seus apelos, talvez ouvíssemos 
seus gritos silenciosos a nos dizer:
Construíste palácios que assombram a Terra; entretanto, 
se me largas ao relento porque me faltem recursos 
para pagar a hospedagem, 
é possível que a noite me enregele de frio.
Multiplicaste os celeiros de frutos e cereais, 
garantindo os próprios tesouros; contudo, 
se me negas lugar à mesa, porque eu não tenha dinheiro
 a fim de pagar o pão, receio morrer de fome.
Levantaste universidades maravilhosas, mas, 
se me fechas a porta da educação,
 porque eu não possua uma chave de ouro,
 temo abraçar o crime sem perceber.
Criaste hospitais gigantescos; no entanto,
 se não me defendes contra as garras da enfermidade,
 porque eu não te apresente uma ficha de crédito, 
descerei bem cedo ao torvelinho da morte.
Proclamas o bem por base da evolução; todavia, 
se não tens paciência para comigo, porque eu te aborreça, 
provavelmente ainda hoje cairei na armadilha do mal, 
como ave desprevenida no laço do caçador.
Dizes que eu sou o futuro. Não me desampares o presente.
Dizes que sou a esperança da paz. Não me induzas à guerra.
Dizes que eu sou a promessa do bem. Não me confies ao mal.
Não espero somente o teu pão. Dá-me luz e entendimento.
Não te rogo apenas brinquedos. 
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples folha seca rolando ao vento. 
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Em nome de Deus, que dizes amar, compadece-te de mim!...
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo...
Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
Não te peço o máximo que alguém talvez te venha 
a solicitar em meu benefício...
Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que
 eu possa viver e aprender.
*   *   *
Cada criança que nasce é uma estrela que
 Deus coloca sobre a face da Terra para que seja 
amparada pelas nossas mãos.
Não permitamos que essas frágeis estrelas
 se apaguem por falta de cuidados.
Pela Lei da Reencarnação, é possível que um desses pequeninos
 seja um afeto do nosso coração que volta, 
estendendo-nos as mãos em busca de socorro e proteção.
Ademais, Jesus asseverou que tudo o que fizéssemos a esses pequeninos, 
era a Ele mesmo que o estaríamos fazendo.
Redação do Momento Espírita 
com base no cap. 51 do livro Luz no lar
pelo Espírito Meimei, psicografado por Francisco Cândido Xavier,
 ed.Feb e no cap 2, do livro Antologia da criança, pelo Espírito 
Meimei, psicografado por Francisco Cândido Xavier,  

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ALFORJE

ALFORJE


Dentro de um alforje levo
Muita coisa por fazer
Encontrar amigos que
Há tempos quero rever
Compor simples melodias
Lindas cartas escrever.


Dentro de um alforje levo
Velhas lembranças guardadas
Muitos discos e meus livros
Várias fotos espalhadas
Bilhetes dos meus queridos
Escritos nas madrugadas.


Abrindo o alforje vejo
Meu coração de criança
Maldade versos doçura
Amizade sem cobrança
Verdade versos mentira. 
Alegria e a esperança.


Abrindo o alforje vejo
Uma vida de verdade
Um amor demais antigo
Que me dá felicidade
Sinto a falta de alguém
Que me deixou na saudade.


Neste alforje de emoção
Carrego meu coração!

Rúbia
17 de Agosto 2011

sábado, 3 de setembro de 2011

Dois Anos


A Mãe da Gente


Pensei que a mãe da gente
Não fosse envelhecer
Queria que ela também
Não pudesse adoecer.
O tempo passa depressa
Da noite ao amanhecer.

As horas vão passando
Dia e noite, noite e dia
Vejo migalhas de luz
Que a mãe da gente irradia
A realidade se transforma
Parece um sonho! Magia!

Deus criou nossa mãe
Caprichou e deu de presente
Cada pessoa ganhou a sua
A minha não é diferente
Oxalá doesse em mim
Toda a dor que ela sente.

É tênue o diálogo
A mãe da gente se cala
Seu semblante é sereno
O azul dos olhos fala.
Usa a mão em um gesto
Nada vai importuná-la.

E agora o que vai ser?
Aconteceu sua viagem.
Sofro, mesmo sabendo
A Terra é uma passagem.
No céu deve estar agora
Com os anjos na paisagem.

Mãe da gente nunca morre
Em nosso frágil coração
É só procurar com carinho
Aonde fica a emoção
Vai encontrar tudo junto
Amor, carinho e devoção

Mãe da gente nunca morre
Em nosso meigo coração
Assim falou o poeta*
Meu amigo e meu irmão
Resgatei o seu verso
Porque tem toda razão

* Fernando Ferraz
Rúbia - Agosto e Setembro de 2009

domingo, 7 de agosto de 2011

QUANTAS PERGUNTAS ai ai

GAROTO DO MARAMAR
foto de Mauro Ataíde

QUANTAS PERGUNTAS  Ai  Ai

Eu conheci um menino
Que vivia a perguntar
Ele se chamava BETO
Adorava indagar
Queria saber de tudo
A forma, o conteúdo
Do céu, sol, terra e do mar.

São Jorge mora na lua?
Porque será que não cai?
Não sei, dizia sua a mãe
Vai perguntar pro seu pai.
Como levou o dragão?
Será que foi de avião?
Quantas perguntas ai ai.

Até que um dia cansada
A mãe o levou à igreja
O padre vai responder
Qualquer dúvida que seja
O BETO mais que depressa
Saiu-se logo com essa
O bispo bebe cerveja?

Olhando para o garoto
O padre disse zangado
O que você tá querendo
Desrespeitando o bispado?
Saia já da sacristia
Reze uma Ave Maria
Pra pagar o seu pecado.

Depois de todo vexame
 A mãe o leva ao Pastor
Naquele templo enorme
Para o culto de louvor
Vendo aquele alarido
Ele pergunta atrevido
Cadê o nosso senhor?

Saíram bem de fininho
Sua mãe já estava em pranto
Desconfiava que fosse
Uma espécie de quebranto
Foram bater no terreiro
Será que é bom feiticeiro
Esse tal de pai de santo?
  
Pra que tanta vela acesa?
Essa mesa vai queimar.
E tanto incenso junto
Se um basta pra cheirar?
Quando entra de mansinho
Aquele que era o padrinho
Para lhe aconselhar.

Observando o menino
Como se fosse um espelho
Sua alma é bem limpinha
Siga já o meu conselho!
Procure estudar Ciência
Voce tem inteligência
Deixe de ser tão pentelho.

O que aconteceu depois
Eu vou lhes dizer agora
Quis estudar no estrangeiro
Fez a mala e foi embora
No Cabo Canaveral
Hoje ele é o maioral
Pesquisando mundo afora.


Rúbia do Espírito Santo
Julho de 2011
Oficina de Cordel

sábado, 30 de julho de 2011

A Boa Ação

           A Boa Ação

Quando eu era bem pequena
Minha mãe sempre ensinava
Praticar um gesto bom
Todo dia já bastava
Como se fosse florzinha
Ofertada pra santinha
Nossa Senhora adorava.
          
Tá escrito no Evangelho
Fazer bem a teu irmão
Ajudar como puder
Sem nenhuma ostentação
Praticar mais caridade
Com modéstia e humildade
 Sem querer aprovação.
         
A hora da boa ação
Deve ser quase perfeita.
Que não saiba a mão esquerda
O que faz a mão direita.
Em surdina e no secreto
Procure ser bem discreto
O Cristo dita a receita

Dar bom dia com um sorriso
Cantar para quem é triste
Contar histórias de amor
Onde amor já não existe
Tentar agir com bom senso
Nesse mundo tão imenso
Lá bem alto Deus assiste.
         
Portanto hoje de tarde
Venho de pronto afirmar
Perante a todos vocês
Minha ação, não vou contar
Pelo sim e pelo não
Do fundo do coração
Segredo eu sei guardar.

Mas querendo acabar
Com a vossa ansiedade
Vou revelar a vocês
Qual a minha caridade
Pegar o meu violão
Tocar um cordel então
Encantando a bela idade.

 Rúbia do Espírito Santo
23 de Julho de 2011.
Oficina de Cordel.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CANÇÃO DO EXÍLIO do Gonçalves Dias

Gonçalves Dias

Gonçalves Dias

Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no Maranhão. Filho natural de português e mestiça.  Estudou Direito em Coimbra (1838). Durante o curso, escreve seus primeiros versos e participa do grupo de poetas medievistas que se reunia em torno do o Trovador. Formado em 1844, regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, que lhe inspiraria mais tarde o poema "Ainda uma vez — adeus!".
Em 1846, muda-se para o Rio de Janeiro, onde se dedica ao magistério (professor de Latim e História do Brasil), ao jornalismo (redator da revista Guanabara) e à elaboração de sua obra poética, teatral e etnográfica e historiográfica, a última das quais relacionada com as várias missões que lhe são destinadas, aqui e no estrangeiro. Faleceu ao regressar de uma viagem à Europa, no naufrágio do "Ville de Boulogne", já próximo do Maranhão, a 3 de novembro de 1864. Escreveu: Primeiros Contos (1846), Leonor de Mendonça, teatro (1847), Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848), Últimos cantos (1851), Os timbiras (1857), Dicionário da Língua Tupi (1858), Obras Póstumas, . Primeiro poeta autenticamente brasileiro, na sensibilidade e na temática, e das mais altas vozes de nosso lirismo.

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

(Gonçalves Dias)