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quarta-feira, 18 de maio de 2011

A inveja. O burro selvagem e o domesticado.



A INVEJA DE UM BURRO

O burro foi um animal
Que os faraós usaram
Para levar suas riquezas
Por onde eles passaram
Naquelas terras distantes
De areias escaldantes
Grandes fardos levaram.

 Há dois mil anos atrás
A mula trouxe Maria
De Nazaré à Belém
Com firmeza e alegria
E quando Jesus nasceu
O burrico mereceu
Estar ali naquele dia.

O burrico teve até
Seu instante de glória
Carregou Jesus nas costas
E entrou para história.
Aquele domingo de ramos
Que ainda relembramos
Vivo em nossa memória.

Chegou a Jerusalém
Levando nosso Senhor
Com graça e humildade
Parecendo um andor
Enquanto Cristo passava
O povo todo vibrava
Com as palmas em louvor.

ESOPO há muito tempo
Uma fábula elaborou
Comparando um burrico
Que o dono domesticou
A outro asno selvagem
Que vivia de pastagem
E cabresto nunca usou.

O selvagem com inveja
Do asno domesticado
Nem via a dificuldade
No trabalho do coitado.
Não prestava atenção
Só pensava na ração
Com que era alimentado.

Mas observando melhor
Viu o outro carregar
Pesada carga no lombo
E seu patrão chicotear,
Sem pena, o pobre burro
Às vezes, lhe dando murro
Para melhor trabalhar.

Não tinha razão de ser
Sua cobiça infundada
Melhor sua liberdade
Que a vida aprisionada
Nunca inveje ninguém
Pois não sabemos se tem
Alto preço na jogada.

Rúbia do Espírito Santo
Dois de Maio de 2011.
Oficina de cordel.

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