A Lebre e a Tartaruga
Numa floresta distante
Distante e encantada
Todos os animais falavam
Numa conversa animada
Sobre suas qualidades
Na vida da bicharada.
A coruja se diz sábia
O pato bom nadador
A raposa muito esperta
O macaco saltador
O leão sempre valente
E o canário é cantor.
Chegou a vez da lebre
Dizer da velocidade
Todos prestavam atenção
Para ver se era verdade
Aposto quem me alcança
Daqui até a cidade.
A quieta tartaruga
Resolveu argumentar
A rapidez é secundária
Quando se quer alcançar
Um objetivo na vida
Posso agora lhe provar.
Na estrada um dia inteiro
A lebre saiu na frente
Com o passo bem ligeiro
Devagar a tartaruga
Rumou no seu traseiro.
No meio da maratona
Dona lebre fome sentiu
Resolveu então parar
Na lanchonete que viu
Comeu tanto sanduíche
Que a tarde toda dormiu.
Lentidão das tartarugas
Passo a passo devagar
Todavia caminhando
Uma hora vai chegar.
E chegou à frente da lebre
Para a aposta ganhar.
A lebre acordou tarde
Subestimando a rival
“Devagar se vai ao longe”
Diz o ditado afinal
Que ESOPO aproveitou
Nessa fábula animal.
OFICINA DE CORDEL
Rúbia do Espírito Santo
São Paulo, 6 de abril de 2011.
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